Segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), o Governo irá compensar as corporações de bombeiros voluntários pelos gastos inesperados do combate aos fogos florestais de Março.
Dos perto de 4.000 incêndios ocorridos no mês passado resultou um conjunto de despesas não previstas que implicaram despesas consideradas extraordinárias, algo que apenas pode ser classificado desta forma devido à insistência num paradigma há muito ultrapassado e a ideia de que só há fogos em número significativo no Verão.
Segundo a LBP, a partir de agora haverá compensações pelas despesas efectuadas durante períodos de alerta amarelo ou superior, independentemente da época do ano, de modo a evitar que as corporações quando submetidas a um maior esforço enfrentem dificuldades financeiras adicionais.
Obviamente não se pode continuar a pensar, planear e orçamentar as corporações com base num hipotético calendário de fogos que concentre as ocorrências em dois a três meses de Verão, esquecendo que a realidade dos últimos anos apontam para uma muito maior dispersão ao longo de todo o ano, incluindo nos meses de Inverno.
Este reforço orçamental pode vir suprir problemas de curto prazo, mas não resolve nem questões estruturais, nem contribui para uma visão mais abrangente da problemática dos incêndios florestais, constituindo-se como uma mera medida casuística, desligada de um plano a longo prazo ou de um planeamento que traduza as consequências que as alterações climáticas implicam na distribuição de ocorrências ao longo do ano.
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