Um acidente rodoviário em Portugal
Naturalmente que desta alteração legislativa, caso devidamente implementada, decorrerá um aumento do número de vítimas, mas esta só será rigorosa caso exista um registo nominal adequado e externamente verificável, de modo a que familiares destas possam consultá-lo e mesmo solicitar alterações, caso verifiquem alguma falha.
O cruzamento de dados com os das forças de segurança ou de quem promove a evacuação das vítimas e um registo hospitalar, para o que é necessário a existências de ferramentas e de uma base de dados partilhada, trará algum rigor a um conjunto de dados que sabemos descreverem incorrectamente a realidade, pecando por defeito.
Portugal segue assim, com evidente atraso, uma prática comum na maioria dos países europeus, mas não basta legislar, é necessário atribuir os meios para que o novo método, mais exacto e complexo do que o anterior, seja rigoroso e que dos resultados obtidos se extraiam as devidas elações, as quais podem implicar rever os números publicados em anos anteriores, caso estes se afastem substancialmente da realidade.
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