segunda-feira, outubro 04, 2010

Ministério da Saúde deve mais de 20.000.000 de Euros aos bombeiros - 3ª parte

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Uma ambulância durante uma missão de socorro

Parece evidente que não houve um estudo sobre o impacto que a redefenição da rede hospitalar teria seja no socorro, seja no transporte de doentes e o quanto afectaria as corporações de bombeiros na vertente operacional, onde os meios e a sua tipologia necessitam de ser reequacionados, e a nível financeiro, de modo a fazer face aos custos acrescidos.

Sem este estudo, dificilmente terá sido orçamentada a verba indispensável ao pagamento desta dívida, sendo ainda desconhecido se, para além de questões operacionais e da qualidade no serviço prestado, a diminuição dos custos resultantes dos encerramentos conseguirá compensar o aumento resultante da necessidade de novos meios e do acréscimo no número e extensão das missões atrbuidas não apenas às corporações, mas a todos as instituições que actuam na área do socorro e da emergencia pré-hospitalar e no transporte de doentes.

Ao contrário do que alguns possam pensar, a actividade operacional será fortemente afectada, a menos que os centros de custo sejam distintos, com orçamentos e financiamentos separados para a actividade de socorro e de transporte de doentes, algo que, sendo possível, dificilmente será adoptado dado o impacto sobre as populações e o próprio espírito de serviço dos bombeiros que as integram.

Mais do que chegar a um acordo, mesmo que com uma calendarização de pagamentos defenida, é essencial que esta seja escrupulosamente cumprida, algo que, extrapolando a partir de casos conhecidos, raramente tem acontecido e, perante as dificuldades que o País atravessa, tenderá a aumentar.

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