quinta-feira, outubro 07, 2010

Mais de 125.000 hectares ardidos até ao fim de Setembro - 2ª parte

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Bombeiros no combate a um fogo em Portugal

Falta referir, no relatório da AFN, a falta de trabalho a nível de prevenção, a quase inexistente limpeza das matas, bem como a flagrante falta de acessibilidades, sobretudo no interior das áreas protegidas, onde os fogos tendem a prolongar-se por vários dias e são, muitas vezes, combatidos apenas a partir do ar.

Em contrapartida, é dado enfase ao facto de a área ardida ser de 87% da média dos últimos 10 anos, sendo inferior à dos anos de 2000, 2003 e 2005, os quais, por serem anormalmente altos e ocorrerem num País então muito diferente, distorcem em muito as estatísticas agora mencionadas, dando uma ideia favorável, algo que, caso se entrasse em conta com dados mais recentes, não ocorreria.

Mais importante do que a frieza dos números, é necessário estudar as suas causas, aquilo que foi feito e o que se deixou de fazer, e porque razão um País onde a área florestal diminui, com zonas de descontinuidade que deviam conter as chamas, continua a arder, com fogos a prolongar-se dias a fio.

Muitas das causas já foram aqui abordadas, sobretudo no respeitante às áreas protegidas, as quais continuam a ser extremamente vulneráveis, numa situação que se agrava à medida que opções erradas a nível de gestão isolam cada vez mais estes espaços, impedindo não apenas um combate eficaz às chamas, como prejudicando o seu usufruto.

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