sábado, abril 16, 2016

Lisboa, cidade fechada - 2ª parte

Entre os problemas mais evidentes, surge a quase ausência de desnível entre as estreitas faixas de rodagem e o empedrado que assinala os locais de estacionamento, tal como é quase inexistente o que demarca os passeios, que pouco mais altura tem, não excedendo, na maior parte dos locais, os 2 centímetros.

Sem estes desníveis, que se destinam não apenas a assinalar fisicamente as transições, constituindo um alerta para os condutores, mas também uma protecção para os peões, surgem óbvias questões em termos de segurança rodoviária, mesmo sabendo que as estreitas faixas não permitem velocidades elevadas.

A ausência de desníveis tem, no entanto, outras implicações, concretamente no escoamento de águas pluviais, que deixam de estar contidas nos níveis inferiores, neste caso as faixas de rodagem, que fariam o encaminhamento até aos pontos de escoamento, o que, com esta configuração, deixa de suceder com um mínimo de eficácia.

Mais grave, é a subida do nível dos passeios que em diversos locais ficam acima de janelas de caves ou de respiradouros, sendo óbvio que as águas pluviais entrarão para dentro dos prédios e provocarão inundações e deterioração dos mesmos.

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