É manifesto que a falta de tolerância e a incapacidade de distinguir o essencial do acessório, bem como os preços excessivos de alguns processos, levam a que muitos infrinjam a legislação actual, sem com isso constituir um risco para sí e para os restantes utentes da via, colocando-os no mesmo patamar de todos quantos, de forma irresponsável, modificam um veículo para além do que princípios básicos de bom senso permitem, colocando em risco a segurança de todos.
Quando surgem dificuldades séries em termos de legalizações, a tendência, infelizmente, é a de não proceder de acordo com o legislado, levando a um certo laxismo e a exageros que são um resultado natural de serem tratados de igual forma quem tem uma desconformidade sem qualquer impacto na segurança rodoviária e quem procedeu a modificações quase suicidas e insiste em circular numa via pública.
Os exageros, de uma parte e de outra, e aqui incluímos tanto quem modifica veículos, como o próprio legislador, nunca contribuem para uma solução de equilíbrio, onde o compromisso seja a norma e, mesmo que implicando cedências de todos, contribua para que a maioria opte por se manter dentro do perímetro legal, devidamente alargado e flexibilizado em função da realidade actual e dos acordos estabelecidos.
Insistir nas soluções actuais, eventualmente alargando-as a outros sectores, terá sempre um impacto francamente negativo, com consequências imprevisíveis a muitos níveis, incluindo-se aqui o turismo, onde a circulação de veículos é factor essencial, não podendo descriminar-se aqueles que, por terem matrícula nacional, se defrontam com cada vez mais restrições.
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