Uma militar da Guarda Nacional Republicana, de apenas 24 anos, que fora perseguida e agredida à facada em Maio, após terminar um turno de serviço na margem Sul do Tejo, e se encontrava de baixa deste então, suicidou-se, recorrendo a uma arma de fogo.
Este suicídio, que muito lamentamos e relativamente ao qual queremos manifestar o nosso pesar e solidariedade à família, amigos e camaradas desta militar, vem relançar a discussão acerca de um conjunto de problemas que, sendo conhecidos, permanecem muitas vezes ocultos ou ignorados, resultando frequentemente em tragédia.
É manifesta a falta de acompanhamento de vítimas de "stress" pós traumático, bem como a inexistência de mecanismos adequados que avaliem todos quantos possam estar a enfrentá-lo, sendo certo de que a esmagadora maioria o faz em silêncio e sem qualquer tipo de acompanhamento, por vezes sem se aperceber da gravidade da situação em que se encontra.
Neste caso concreto, houve uma situação extrema, com risco para a própria vida, que, não temos dúvidas, potenciou este desfecho, sendo óbvio que esta militar necessitava de acompanhamento e apoio adequados e, quase certamente, ser afastada da zona onde ocorreu o ataque, podendo-se discutir se a baixa, do que resulta algum isolamento, é uma opção mais correcta do que a permanência no activo em funções diferentes, onde o contacto é mais intenso.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário