Entendemos que repor a situação anterior será dispensiosa e penalizadora face aos custos envolvidos e ao escasso número de utilizadores, mas é inegável que tem que ser disponibilizada uma solução adequada, que inspire confiança, seja de utilização simples e tenha a fiabilidade necessária para gerar confiança.
O recurso a telefones fixos, tal como pedido, poderá ser pouco adequado aos dias de hoje, com as cablagens a ficarem vulneráveis em caso de incêndio, mas uma ligação física até a um sistema de transmissão por ondas rádio, como uma antena de telecomunicações, pode resultar num equilíbrio entre o pretendido pelos residentes e as opções ao alcance dos operadores, oferecendo o serviço pretendido sem custos excessivos.
Independentemente da solução técnica, o reestabelecimento das comunicações e, através destas, o aumento da segurança das populações, é imperativo e urgente, não sendo aceitável o prolongar de uma situação que coloca em risco quem vive em locais isolados e cujos contornos viola obrigações básicas por parte do Estado, obrigado a proteger os seus cidadãos, mesmo que para tal haja intermediação de serviços prestados por terceiros.
Quase meio ano após os incêndios de Outubro, a subsistência de áreas do território nacional sem um conjunto de infraestruturas básicas é inaceitável, representa a mesma falência do Estado que demonstrou ser incapaz de proteger as populações dos fogos que consumiram o País e que, uma vez reduzida a pressão mediática, rapidamente esqueceu o sucedido, esperando que no próximo Verão, após a devastação de 2017, a área ardida seja escassa e os números ilusoriamente confundidos com o sucesso de quem nada fez.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário