Uma das consequências expectáveis, ou, mais correctamente, inevitáveis, resultantes dos incêndios destes últimos meses era o aluimento de terras, com os desprendimentos a ocorrerem com maior frequência após a queda de chuva mais prolongada que se verificou nos últimos dias.
Sendo absolutamente essencial, a queda de chuva tem efeitos secundários que se podem revelar perigosos, não apenas pela possibilidade de provocar deslizamentos de terras quando atinge áreas devastadas pelos fogos, mas também por potenciar o crescimento rápido e desordenado de vegetação que irá cobrir os solos no próximo Verão, facilitando a propagação das chamas.
E esta última consequência apenas poderá ter impacto dentro de alguns meses, os efeitos da primeira já começam a ser visíveis, não tendo sido necessário um Inverno chuvoso, bastando a escassa chuva sentida até hoje, para que se verifiquem deslizamentos de terras nas zonas mais afectadas pelas chamas neste último Verão.
Sem as árvores e a vegetação mais rasteira que a sustenta, com o peso acrescido da águas das chuvas, são diversas as situações em que as terras se soltaram, deslizando ao longo de taludes, acabando por obstruir vias, sendo a situação mais divulgada a que ocorreu na Linha do Norte e atingiu uma composição, felizmente sem causar vítimas, mas bloqueando a circulação ferroviária.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário