Lembramos que após um longo período em que o número de vítimas de acidentes rodoviários foi decrescendo, acompanhando o desenvolvimento da rede viária e da tecnologia automóvel, esta inversão deve ser analizada, por não ser uma anormalidade estatística, que se pode dever a um pequeno conjunto de situações particularmente graves, mas uma tendência consistente e que resulta de uma multiplicidade de ocorrências comuns, onde não é possível encontrar nenhuma excepcionalidade.
Dado que a evolução tecnológica dos veículos se mantém, e mesmo que a renovação do parque automóvel nacional esteja abaixo do que seria desejável, é inegável que os modelos mais antigos tendem a ser substituídos, mesmo que daí não resulte uma idade média mais baixa, pelo que os modelos na estrada, independentemente da sua idade média, serão mais evoluídos e, consequentemente, mais seguros.
Resta, portanto, o factor humano, em distintas vertentes, sendo a mais preponderante o comportamento dos condutores, a quem cabe a responsabilidade primária de assegurar condições de segurança, mas também no respeitante à fiscalização, para o que a presença de forças policiais nas vias é essencial, sendo certo de que esta tem vindo a diminuir, como consequência de restrições orçamentais e mesmo da deslocação de efectivos para outras missões.
A ideia de recorrer a "drones", imitando o que se faz em Espanha, pode ter como consequência uma maior probabilidade de punir infrações, caso o processamento dos autos não prescreva, como tantas vezes acontece, mas não serve como elemento dissuasor, tendo um efeito muito semelhante ao de um radar escondido, mas adicionando mais um conjunto de problemas ainda por discutir.
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