Um exemplo dos lamentáveis erros que levaram a esta situação, foi o não cumprimento da promessa de fornecer aos alunos os computadores necessários para poderem ter aulas não presenciais, bem como a infra-estrutura que permita fazê-lo, melhorando as redes de dados, essenciais para que as funcionalidades necessárias sejam operacionalizadas.
Na falta do cumprimento desta promessa, sem possibilidade de proporcionar os meios mínimos para que as aulas não presenciais funcionem em condições, a opção foi manter as escolas abertas, como factor de nivelamento social e forma de evitar o dispendioso pagamento de compensações a quem tem que permanecer na residência para cuidar de filhos pequenos.
Assim se entende a enorme resistência a optar por aulas não presenciais, não tanto pelos condicionalismos resultantes, mas porque tal expõe, de forma particularmente evidente a falta de planeamento e o incumprimento por parte do Governo, que se vê agora completamente manietado e sem qualquer capacidade de resposta para uma crise que ultrapassa o que estava ao alcance de uma equipa com demasiadas limitações, escolhida com base na confiança pessoal e não na competência.
Estamos, portanto, de uma decisão que, tal como tantas outras, colocaram o interesse do Governo acima do das populações, numa trajectória errática e populista, sem estar baseada na ciência, e sem a firmeza e convicção que tempos tão difíceis exigem e quando a evolução dos números é francamente alarmante.
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