Naturalmente, a opção 5G apresenta vantagens inegáveis e aponta no sentido do futuro, mas não podemos deixar de nos interrogar se não estamos diante de um deslumbramento tecnológico, pouco realista face às competências disponiveis e aos custos de implementação, sendo quase certo que os dispendiosos equipamentos de última geração irão funcionar, na maior parte das situações, restringidos pelas redes existentes, do que resultam funcionalidades ao nível do 4G, quando disponível.
Sem nunca ter conseguido explorar a actual plataforma na íntegra, para a qual nunca foram realizados os investimentos adequados, capazes de manter a operacionalidade e a evolução possível e razoáveis em termos financeiros, parece-nos que estamos diante de mais um salto no desconhecido, com escassa prepraração a nível de infraestruturas, pagando mais uma vez o preço do pioneirismo, com todos os riscos operacionais que tal implica.
Portugal é criticado em muitas instâncias internacionais por adoptar tecnologias em desenvolvimento, ainda pouco testadas, normalmente pagando preços elevados pelo pioneirismo, antes que uma maior disseminação resulte na sua progressiva redução, algo que, normalmente, é acompanhado pela evolução tecnológica e, sobretudo, por uma maior estabilidade e segurança, factores essenciais numa rede com as características que se pretendem no SIRESP.
Interrogamo-nos se continuará a ser utilizada a actual infraestrutra de fibra óptica, cujas vulnerabilidades são reconhecidas, ou se soluções alternativas, pelo menos complementares, serão estudadas, como recurso a uma das redes de satélites comerciais que disponibilizam cobertura a nível nacional e oferecem soluções interessantes por um valor que nos parece competitivo.
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