Os metadados são, essencialmente, a estrutura dos dados, sem o respectivo conteúdo, que não é registado, pelo que incluem detalhes tão específicos como identificadores, sejam estes registos individualizados da mensagem, números de telefone ou endereços de IP, bem como hora e duração, podendo-se extrapolar outros dados, associando outro tipo de registos, o que permite, por exemplo, conhecer a localização, com maior ou menor grau de precisão.
Mesmo excluindo os conteúdos, os metadados permitem não apenas o seguimento de um dado indivíduo como o identificar todo um conjunto de comportamentos e interacções, capazes de traçar um perfíl muito preciso, incluindo diversos tipos de hábitos, desde simples hábitos de consumo a preferências pessoais.
As actuais ferramentas que recorrem ao tratamento maciço de dados e utilizam inteligência artificial podem, apenas com recurso a metadados, completar perfís individuais com extrema precisão, incluindo a nível pessoal, que se podem revelar extremamente intrusivos, estabelecendo uma autêntica teia de relações e interacções, gerando um volume de informações que quase dispensa o conteúdo das comunicações a partir das quais são obtidos os metadados.
Apenas com metadados pode-se saber, por exemplo, se um determinado indivíduo frequenta um determinado espaço, se contactou com outro, se estiveram próximos, com base na localização celular, qual o percurso habitual para o trabalho e que meio utiliza, se assitiu a um dado filme num cinema, mas também a que "sites" acedeu, quanto tempo dispendeu em cada e mesmo deduzir alguns tipos de interacção com base no fluxo de dados.
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