Assim se entende que, mesmo contactando 29 ambulância, do INEM e de parceiros, todas estivessem em missão, algo que é dito ser pontual, como se tal pudesse servir de desculpa ou justificação para um atraso de hora e meia, sendo bem patente que este caso, de extrema gravidade põe em causa todo o sistema de socorro e a forma como este está organizado.
A própria resposta, que menciona o contacto de 29 ambulância, aponta para uma descordenação completa, como se as ambulância actuassem isoladas, por conta própria, sem supervisão, alheias a qualquer planeamento ou coordenação, e tivessem de ser contactadas individualmente para se apurar da sua disponibilidade, algo que devia estar, imediatamente, diante do operador que, com base em informação correcta e em tempo real, poderia decidir da forma mais adequada, mesmo que procurando soluções alternativas ou fora do sistema, algo que, numa situação deste tipo, devia ser imediatamente equacionado.
O anunciado reforço de 23 ambulâncias a nível nacional, quatro das quais para Lisboa, nada significa, sabendo-se que muitos meios do INEM não actuam devido à indisponibilidade de meios humanos, com expoente máximo a nível das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, conhecidas por VMER, que, em muitos casos, apresentam taxas de indisponibilidade absurdamente elevadas, sendo difícil equacionar a sua real presença no sistema de socorro.
A nível da cidade de Lisboa, este reforço de quatro ambulâncias parece não responder minimamente ao problema, que resulta de outros factores, como a falta de coordenação, a indisponibilidade de diversos hospitais de prestar serviços, o que implica deslocações mais longas, as quais são realizadas em ruas com menos faixas de rodagem, algumas destas convertidas em ciclovias, onde o trânsito se acumula, resultando de velocidades médias muito inferiores às registadas antes destas transformações que não tiveram em conta as necessidades do socorro.
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