segunda-feira, junho 30, 2025

Reponsabilizações individuais por atrasos no INEM - 1ª parte

O relatório da Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) concluiu que pelo menos uma pessoa morreu em consequência dos atrasos no socorro que se verificaram durante duas greves simultâneas que envolveram técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e para o qual não foram convocados serviços mínimos de forma atempada.

No caso apontado pelo IGAS, o socorro demorou perto de hora e meia para chegar ao local, em Pombal, onde Sérgio Abreu, colega e amigo, com 53 anos tivera um enfarte agudo do miocárdio, tendo sido instaurado um processo disciplinar a uma técnica de emergência pré-hospitalar e a um médico considerados como responsáveis pelo atraso, invocando "falta de zelo, de cuidado e de diligência".

Uma alegada falta de zelo por parte da técnica que atendeu a chamada e uma possível falta de supervisão por parte do médico presente terá resultado no adiamento dos meios diferenciados necessários nestas situações, que devia resultar no activamento da via verde coronária, obrigando a deslocação do doente a ser efectuada por meios de familiares, com o atraso no socorro a ser, segundo o IGAS, insuperável.

Esta greve, segundo a IGAS, pode ter deixado 457 pessoas em risco, por não terem sido atendidas chamadas consideradas como prioritárias, sendo que nalguns dias uma elevada percentagem de chamadas ficou por atender, com perto de 70% de chamadas perdidas no dia 04 de Setembro, estando 100 chamadas em espera na altura em que foi pedido socorro para esta vítima.

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