No dia 25 de Abril, dia da Liberdade, escrevemos um texto sobre a forma de objectar à utilização de dados pessoais na rede social Facebook para treino de modelos de inteligência artificial, desconhecendo-se, na altura, qual a real extensão do projecto em curso e até onde podia ir a intrusão desta plataforma na privacidade dos seus utilizadores.
Sabe-se agora que o Facebook quer utilizar dados que estão armazenados nos dispositivos móveis dos utilizadores, concretamente fotos, vídeo e outras imagens, para poder propor a criação de histórias com base num tipo de informação privada e que pode ter tido as mais diversas proveniências, inclusivé ter sido partilhada por terceiros que, desta forma, também vêm a sua privacidade devassada por alguém em quem confiaram.
Segundo o Facebook, os dados acedidos apenas permitirão sugerir publicações, mas não serão usados para complementar o extenso conhecimento que a plataforma já possui sobre cada utilizador e, menos ainda, irão refletir-se na publicidade apresentada, o que implicaria a passagem de dados, mesmo que de forma controlada, a terceiros.
No entanto, e dado que a funcionalidade não está ainda implementada, e primeiramente deve passar pelos utilizadores das versões "beta", ainda se desconhecem detalhes, como, por exemplo, a possibilidade de permitir acesso a uma pasta específica e vedá-lo a outras, mas uma simples permissão pode representar a abertura de uma caixa de Pandora, sabendo-se que, na altura de gravar dados num dispositivo móvel, facilmente pode haver um engano e estes irem parar a uma pasta à qual o Facebook tem acesso.
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