quarta-feira, agosto 17, 2005

Exemplo de colaboração: Vodafone-UK


Image Hosted by Imageshack
Vodafone UK


Um dos factores determinates em qualquer operação é um sistema de comunicações e controle eficaz, algo que manifestamente tem faltado na coordenação de operações de combate aos incêndios durante este Verão.

De entre os projectos em que tentamos aliar o baixo custo à eficiência, surgiu a ideia de transmitir imagens utilizando um telemóvel 3G directamente para um computador com uma placa/modem 3G instalado, de forma a que a sequência vídeo seja visualizada em tempo real e gravada em simultâneo no disco rígido.

Idealmente, o computador deveria ter a possibilidade de receber, apresentar no écran e gravar várias sessões em paralelo sendo cada uma destas iniciada pelo telemóvel, com marcação por voz, e sem necessidade de intervenção por parte do operador que esteja junto do computador. Peça essencial e ainda em falta é um programa capaz de utilizar os recursos disponíveis, funcionando como um telemóvel de 3ª geração virtual ou um sistema de encaminhamento a nível do operador que enviasse o fluxo de dados do telemóvel para um computador ligado à Internet.

Infelizmente, não foi possível encontrar um programa que correspondesse ao pretendido e a resposta dos operadores de telemóvel a operar em Portugal variaram entre o silêncio absoluto e a impossibilidade de tal ser feito através das suas redes. Nenhum deles apontou soluções ou deu uma única pista, pelo que tentamos uma última vez através de um operador estrangeiro, salientando o facto de nos encontrarmos em Portugal, pelo que o interesse comercial seria nulo. No entanto, e mesmo nestas condições, a Vodafone UK, mesmo não dispondo do serviço ou solução conforme pretendido, ofereceu o apoio possível, sugerindo diversas pistas e apontando para as actuais limitações em termos de rede, contribuindo para a pesquisa de uma solução alternativa que hoje decorre.

A menção a este operador inglês justifica-se pela flagrante diferença de postura quando comparado com os seus congéneres portugueses. Mesmo ciente de que previsivelmente não obteria qualquer vantagem comercial, optou por colaborar na medida das suas possibilidades, envolvendo o pessoal técnico necessário, e prestando um serviço a que não estamos habituados, mas que espelha a flagrante diferença de atitude entre quem é capaz de ver mais longe e quem se acomoda a um presente mediocre.

2 comentários:

Português desiludido disse...

Interessante o teu blog.
1 abr
Pedro

Nuno Cabeçadas disse...

Obrigado pelo comentário, sobretudo vindo de alguém do Algarve onde vive grande parte da minha família :)