domingo, agosto 07, 2005

Investimentos estruturais


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Continua-se a discutir muito a importância dos chamados investimentos estruturais, ou seja, aqueles cujo impacto será sentido pela generalidade dos habitantes durante um largo período de tempo, moldando o País segundo critérios defenidos a nível político. Tratam-se sobretudo de obras públicas, de grandes dimensões, que, segundo os responsáveis políticos, servem não só o objectivo de desenvolvimento económico, mas também para enviar uma mensagem aos agentes económicos.

No entanto, as alterações estruturais são as que se colocam a nível da alteração das mentalidades, dos valores. Tal como a cultura é o que resta quando o conhecimento se perde, o que ficará das mudanças estruturais, quando as obras projectadas estiverem obsoletas, serão as alterações na forma de pensar, agir e sentir de cada português.

A principal falha no desenvolvimento tem sido uma orientação geral errada, que previlegia a obtenção de importantes estruturas sem preparar os seus utilizadores de forma a rentabilizá-las. Esta prioridade, manifestamente errada e cujas consequências estão à vista de todos, reflete-se nas diversas opções políticas dos vários governos, a qual pode ser facilmente ilustrada por uma medida recentemente anunciada.

Vai ser possível descontar nos impostos parte do valor de aquisição num computador novo, quando deveria ser beneficiado quem obtiver as qualificações para o usar, ou seja, a posse é mais uma vez previlegiada do que o conhecimento ou a capacidade de o utilizar.

De igual forma, a previsão que cada Governo faz do sucesso do combate aos incêndios florestais e a desresponsabilização dos decisores políticos, é proporcional ao investimento feito em meios materiais e não na formação dos agentes intervenientes através de programas apropriados ao longo de todo o ano.

Normalmente esquecidos, os bombeiros continuam a carecer de uma preparação não apenas nas técnicas específicas do combate aos fogos, mas também de uma formação em novos sistemas de comunicações, coordenação e controle ou logística que permita uma valorização profissional como compensação pelos esforços e sacrifícios feitos pelo bem comum.

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