quinta-feira, agosto 11, 2005

Choque tecnológico


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CompeGPS



Muito se falou de um Choque Tecnológico capaz de mudar a face do País, colocando-o a par dos nossos parceiros comunitários. Até hoje, foram sobretudo as intenções, as promessas e algumas medidas desgarradas e inconsequentes sem impacto real em termos estruturais. E mesmo as ambiciosas medidas e projectos que alguns designam como estruturantes se venham a realizar, de pouco servem se as alterações mais profundas não se verificarem a nível das mentalidades.

Mas as novas tecnologias são úteis quando aplicadas de forma prática e, em muitos caso, nem sequer obrigam a investimentos de vulto. É possível revolucionar métodos e procedimentos de forma a aumentar a eficácia quer das acções de prevenção, quer do próprio combate aos fogos recorrendo a algumas das novas tecnologias e, sobretudo, à formação dos envolvidos.

Em muitos casos, a falta de eficácia deriva de deficiências de comunicação, planeamento e coordenação, as quais são resultado de falta de métodos eficazes e de um suporte de informações com o rigor, a flexibilidade e a facilidade de interpretação que permita decisões rápidas e tão correctas quanto possível.

Através da utilização de sistemas de cartografia digital aliados a GPS, recorrendo a imagens e perspectivas tridimensionais, torna-se mais fácil quer a coordenação dos meios, através de uma fácil visualização do terreno, quer a orientação de meios aéreos, conjugando-os com os efectivos terrestres. A visão tridimensional ajuda ainda na previsão da evolução dos incêndios, facilitando a interpretação do relevo e os efeitos do vento na evolução das chamas.

Para tal ser realizável, poucos são os meios adicionais necessários, dado que um computador portátil com GPS e algum software são suficientes, mas é necessário formar quem vai utilizar este sistema e aqui verifica-se a maior falha estrutural. Muitos são os que ainda acreditam que basta adquirir equipamentos e meios, muitas vezes extremamente dispendiosos, e esquecem que estes só resultam quando existe a formação adequada. Chegou a altura de investir primeiro nas pessoas e depois nos meios, garantindo não só uma melhor utilização dos recursos existentes ou a adquirir e valorizando profissionalmente aqueles que arriscam a vida para defender a comunidade.

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