quinta-feira, janeiro 04, 2007

2007 pode ser o ano mais quente registado até hoje


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Deserto: uma realidade cada vez mais próxima

A conjugação entre o efeito de estufa e o fenómeno climatérico designado por "El Niño" poderá resultar num aumento de temperatura, fazendo de 2007 o ano mais quente desde que há registos fiáveis.

Para o director da Unidade de Investigação do Clima da Universidade de East Anglia, Phil Jones, neste ano ocorrerão condições climatéricas extremas, de que poderão resultar, por exemplo, elevadas precipitações e cheias na Califórnia ou secas na Indonésia.

O "El Niño", assim designado por se formar habitualmente na época do Natal, ocorre entre cada dois a sete anos, e pode ter consequências desastrosas no continente americano, no Sudeste asiático e no Sul de África durante os primeiros quatro meses de 2007.

Este fenómeno climatérico, causado pela subida das temperaturas médias do mar no Oceano Pacífico, "faz com que o mundo seja mais quente e exista uma tendência de maior calor que aumenta as temperaturas globais entre uma e duas décimas de grau centígrado por década", conforme explica Jones.

As consequências desta conjugação de alterações são cada vez mais sentidas por todos, com um evidente aquecimento das temperaturas, a alteração das estações do ano, com chuvas intensas e repentinas e dificuldades cada vez maiores em fazer previsões com base em projecções de anos anteriores.

Para além de fenómenos como a desertificação, as altas temperaturas e a seca prolongada facilita a propagação dos incêndios florestais e contribui para inviabilizar economicamente o interior do País, tornando-o mais pobre e vulnerável a situações extremas.

Neste momento, é impossível continuar a ignorar as evidências ou adiar a adopção de medidas que contrariem o aquecimento global, sabendo-se, actualmente, que estas só terão efeito a médio prazo e que durante os próximos anos o nosso planeta inevitavelmente continuará a aquecer.

Em Portugal, uma das causas deste aquecimento deve-se ao elevado número de incêndios florestais, sendo que esta consequências dos fogos, particularmente desconhecida, pode ter reprecussões muito após saradas muitas das feridas e mesmo depois de o processo de reflorestação estar concluido, razão pela qual, a prevenção e o combate a este flagêlo ganha cada dia maior importância.

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