sexta-feira, agosto 17, 2007

Sistema de videovigilância da Arrábida não funciona


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Uma câmara de vigilância "wireless"

Deste Maio que o sistema de videovigilância do Parque Natural da Arrábida está desactivado, não restanto nenhuma das câmaras em funcionamento.

Este sistema, destinado a garantir a protecção desta área protegida, necessita de reparações orçamentadas em 33.000 euros, a que acrescem outros 50.000 se, como pretende o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), fosse implementada uma ligação directa ao Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

Sendo despesas não previstas no orçamento geral do Estado de 2007, o ICNB optou por contactar diversas entidades de modo a tentar obter as verbas necessárias para a reposição em funcionamento do sistema de video-vigilância, para o que está a elaborar um estudo detalhado sobre os trabalhos de recuperação e manutenção destes equipamentos.

Este problema motivou a visita de alguns deputados da Comissão Parlamentar de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional da Defesa da Floresta Contra Incêndios ao distrito de Setúbal, de modo a avaliar no local a situação que, aparentemente, contradiz afirmações do ministro do Ambiente que garantia que o sistema estava operacional e em funcionamento.

Este sistema de video-vigilância é de importância estratégica para a defesa desta área protegida contra incêndios e a sua recuperação um imperativo absoluto, devendo a ocasião ser aproveitada para se equacionar uma eventual substituição dos equipamentos por outros mais actuais.

Existem câmaras com tecnologia "wireless" que podem enviar imagens sem a necessidade de dispendiosos sistemas de cablagem, que se tornam particularmente vulneráveis e de difícil manutenção, resultando num encargo anual que, muitas vezes, poderá não estar contemplado no orçamento do Estado.

Reparar o actual sistema, mesmo que saia mais barato numa primeira fase, poderá resultar em gastos acrescidos a médio prazo e numa menor eficiência do que optando por um investimento numa tecnologia mais recente.

Sabemos que existem limitações orçamentais, mas é fundamental que os dinheiros públicos não sejam desperdiçados em reparações que apenas adiam uma inevitável remodelação, quando poderiam contribuir para uma solução mais duradora e que oferecesse maiores capacidades operacionais.

Dispender recursos em soluções transitórias, inaproveitáveis no médio prazo, para poupar algumas verbas no dia de hoje, pode constituir uma tentação para quem apenas pensa nas aparências, mas será sempre um mau serviço feito ao País.

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