sábado, agosto 18, 2007

MAI diz que presidente da EMA não apresentou motivos para se demitir


Image Hosted by ImageShack
Dois Kamov Ka-32 preparam-se para descolar

O ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira negou que a demissão de José Vilaça do cargo de presidente da Empresa de Meios Aéreos (EMA) tenha sido motivada por falta de meios humanos e financeiros.

Seugundo o titular do MAI "no pedido de exoneração não foi evocado nenhum motivo" que José Vilaça entregou a 23 de Julho, o antigo presidente da EMA "não adiantou as razões".

Minimizando a situação, Rui Pereira considerou que o importante é "preparar a empresa para o que esperamos dela", incluindo as várias áreas de operação "e não apenas na prevenção de incêndios florestais", garantindo que a substituição de José Vilaça por Rogério Pinheiro não terá consequências nas missões de prevenção e combate aos fogos deste Verão.

O novo presidente, Rogério Pinheiro, pertenceu às direcções da Protecção Civil e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e tem experiência na área da segurança rodoviária.

Esta é uma demissão incómoda, apenas dois meses após a nomeação, e numa altura em que se percebe que a EMA poderá não ter condições para assegurar a vertente comercial que permitiria uma melhor rentabilização de meios quando estes não estivessem ao serviço da Protecção Civil ou de outras entidades públicas.

Os pressupostos que presidiram à criação da EMA, e que seriam interessantes no seu conceito, acabaram por ser vítimas de processos complexos e inadequados na aqusição de meios, resultando numa descapitalização efectiva da empresa que, aliado à falta de meios humanos, compromete as expectativas criadas.

Quem tenha experiência de gestão, independentemente do ramo, considerará como incompatível com as boas práticas a perda de autonomia, seja finaceira, seja operacional, mantendo apenas um controle nominal de uma entidade cujo destino passa para terceiros.

Gerir uma empresa nova, destinada a ter um papel importante na área da Protecção Civil e do socorro, sem um conjunto de meios, que provavelmente estariam apalavrados, acaba por resultar numa responsabilização de quem está nomeado, sem que possa tomar as decisões que determinem o sucesso ou fracasso de um projecto que necessita, essencialmente, de competência e pode passar a vaguear de acordo com os interesses polítcos de quem governa.

Tal como mencionamos previamente, perdendo a perspectiva de uma genuina gestão empresarial, a EMA acaba por transformar-se numa estrutura intermédia, com utilidade prática duvidosa, e cujas atribuições poderiam caber a algums dos orgãos oficiais ligados à protecção civil já existentes e com o capital de experiência que permita uma gestão operacional mais efectiva dos meios disponíveis.

Sem comentários: