Na passada sexta-feira, um foguetão Proton-K lançado da base espacial de Baikonur, no Cazaquistão, colocou em órbita mais três satélites do sistema global de navegação russo Glonass.
Após estes três satélites estarem operacionais, o Glonass passa a dispor de 20 equipamentos, ficando a faltar apenas 4 para fornecer uma cobertura global, algo que está previsto vir a verificar-se até ao fim de 2009.
O Glonass é um sistema de navegação semelhante ao GPS americano, capaz de dereminar com extrema precisão o posicionamento de objectos e tem sido essencialmente usado no ambito militar, datando a sua origem dos tempos da Guerra Fria, altura em que qualquer tipo de exploração comercial não fazia sentido.
Actualmente, o Glonass pode assumir-se como uma alternativa ao GPS, sobretudo se tivermos em conta os sucessivos atrasos do Galileo e a falta de financiamento com que este projecto europeu se defronta, razão pela qual a opção por rentabilizar comercialmente o Glonass poderá ser o caminho a seguir.
Actualmente, já existem módulos de recepção capazes de usar o GPS e o Glonass, evitando assim a possibilidade sempre existente de um dos países que superintende um dos sistemas o desligar, e permitindo, através da conjugação de dados, obter uma maior precisão, fiabilidade e redundância.
Caso a Rússia opte por disponbilizar o Glonass em termos comerciais, o Galileo irá enfrentar novas dificuldades pois surgirá como o terceiro concorrente numa altura em que já existirão duas plataformas testadas, estabilizadas e com provas dadas, facto ainda mais agravado devido aos custos operacionais comparativos do sistema de navegação europeu.
Com o Galileo a enfrentar dificuldades, talvez a opção por um acordo com a Rússia que permitisse integrar os satélites de navegação europeus no sistema Glonass fosse de ter em conta, de forma a que, rapidamente, exista uma alternativa fiável ao GPS e receptores mais precisos e flexíveis possam começar a ser projectados.
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