sexta-feira, junho 06, 2008

30 minutos no socorro a Gatochy


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A protagonista em descanso

0:00 - Gatochy sente-se mal depois de ter comido e deita-se num local bem visível, sendo imediatamente acompanhada.

0:01 - Gatochy tenta vomitar sem o conseguir, tem convulsões, problemas intestinais e pede ajuda.

0:02 - Gatochy está caída no chão, em óbvias dificuldades respiratórias e em sofrimento, precisando de cuidados médicos urgentes.

0:03 - Prepara-se o transporte de Gatochy, incluindo um cobertor para a manter quente.

0:04 - Saída em direcção à clínica.

0:09 - Entrada na clínica e Gatochy é imediatamente atendida pela médica e por uma auxiliar.

0:15 - Após duas injecções e análises, Gatochy está estabilizada e, apesar de ofegante, está melhor e respira com menos dificuldades.

0:20 - Regresso a casa, com Gatochy ainda um pouco anestesiada devido ao analgésico, mas calma e a respirar normalmente.

0:25 - Gatochy anda pela casa, ainda um pouco desorientada, sob o efeito dos medicamentos, mas aparentemente bem.

0:30 - Finalmente Gatochy volta a comer, passeia um pouco, escolhe um local quente para descansar e adormece pouco tempo depois.

Devemos acrescentar que Gatochy tem 12 anos, portanto já não é nova, e foi-lhe diagnosticada uma doença grave no ano passado, pelo que qualquer situação anormal é motivo de uma especial atenção, mas este pequeno episódio, com as devidas distâncias, devia ser exemplo da rapidez com que deve ser efectuada qualquer missão de socorro.

A diferença entre a vida e a morte, ou a possibilidade de ocorrerem lesões ou traumas que podem ser irreversíveis, dependem em muito da rapidez com que qualquer vítima de acidente ou doença súbita recebe tratamento adequado, sendo que 30 minutos será o limite para uma intervenção eficaz segundo padrões aceites por especialistas.

Poucos serão aqueles que, vítimas de acidente ou doença súbita, foram socorridos num tão curto espaço de tempo, sendo que uma grande parte da população portuguesa está a uma distância muito superior a 30 minutos, valor teórico e em condições ideais, de um local onde lhe possam ser prestados cuidados médicos, facto agravado pelas diversas ocasiões nas quais os meios de socorro adequados não estão disponíveis.

É impossível saber com algum grau de certeza qual seria o desfecho de uma demora no tratamento, mas este é um argumento que nunca deve ser utilizado por ser demasiado especulativo, ficando apenas a certeza de que só com um tempo de resposta adequado se manifesta respeito pela vida.

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