quarta-feira, junho 04, 2008

Novos caminhos florestais proíbidos na Arrábida


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Um caminho florestal em boas condições

Os Bombeiros de Palmela e o Parque Natural da Arrábida (PNA) têm posições divergentes, desde há anos, relativamente à necessidade de aumentar o número de caminhos florestais no interior da área protegida.

Segundo os bombeiros, faltam caminhos que permitam posicionar os meios de combate aos fogos e proteger o próprio PNA dos incêndios, enquanto este último considera que a abertura de percursos tem impactes negativos a nível ambiental.

Mesmo os caminhos existentes, abertos por insistência dos bombeiros, podem não ter saida, constituindo autênticas armadilhas em caso de mudança súbita da direcção das chamas

Deixar um parque natural sem os necessários acessos, mesmo que estes tenham algum impacto ambiental, é uma posição insustentável, pois corresponde a colocar em risco toda a área protegida e quem tente combater os incêndios em locais onde a dificuldade de acessos impede manobrar e reposicionar efectivos sempre que tal se imponha.

Esta opção da direcção do PNA parece, infelizmente, comum a outras áreas protegidas, que impedem a abertura de acessos e, como acontece com o Parque Nacional da Peneda-Gerês, afastam visitantes através da cobrança de portagens, esquecendo que, mesmo com um pequeno prejuizo ambiental, a presença destes contribui para um alerta mais rápido em caso de fogo e dissuade comportamentos criminosos.

Manifestamente, em nome de uma espécie de fundamentalismo ambiental, várias direcções de áreas protegidas contribuem para a vulnerabilidade destas face as fogos e aumentam os riscos para quem tenta combater incêndios no seu interior, numa política que deve ser rapidamente invertida, sob pena de um dia nos depararmos com uma tragédia humana ou ambiental.

1 comentário:

Reinaldo Baptista disse...

È verdade que pode existir impactos negativos a nível ambiental, mas se existir um incêndio nessa zona o impacto será muito pior, porque dificilmente os bombeiros conseguiram extinguir o incêndio em tempo útil, e depois as culpas caem em cima dos Bombeiros, mais um exemplo como anda as politica ambientais em Portugal, e não é caso único.