O Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (BOPE) tornou-se conhecido da noite para o dia devido a um filme polémico onde é retratada, e ficcionada, a actividade operacional desta força brasileira.
Surgiu recentemente a notícia de que haveria uma colaboração entre o BOPE e a Polícia de Segurança Pública (PSP), tendo os polícias brasileiros estado presentes em Portugal e, segundo o comandante da Unidade Especial de Polícia, estar previsto a deslocação de elementos portugueses ao Brasil.
Ambas as vertentes desta colaboração foram relatadas na comunicação social, com declarações dos comandantes das unidades envolvidas a confirmar este intercâmbio que levantou um conjunto de dúvidas que consideramos fundamentadas, dado os métodos utilizados pelo BOPE nas suas operações.
Sendo favoráveis a que as nossas forças policiais tenham o melhor treino possível, o mesmo deve adequar-se à realidade nacional e à legislação em vigor, que obriga a um conjunto de procedimentos de forma a garantir a segurança e os direitos individuais de cada cidadão.
Ontem, o ministro da Administração Interna afirmou, em pleno Parlamento, que não haveria este tipo de colaboração "com a PSP", frase que, podendo ser entendida como uma resposta a uma questão directa que envolvia esta força policial, deixa de fora todas as outras forças de segurança.
Na verdade, o BOPE terá maiores afinidades com a Guarda Nacional Republicana, de cariz militar, do que com uma polícia civil, como acontece com a PSP, pelo que ficaremos alerta para a eventualidade de a cooperação ter transitado para outra força e não, como alguns podem deduzir pelas palavras do ministro, ser uma mera ficção.
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