Um helicóptero pesado Kamov Ka-32 russo
Também a área florestal ardida no mesmo periodo, contabilizada em 2.423 hectares, foi substancialmente à do ano anterior, quando arderam 1.098 hectares.
O mês de Março foi aquele em que se verificou o maior número de ocorrências, com 1.043 em 2008 e 847 no ano passado, sendo igualmente o mês com mais área ardida, com 544 hectares este ano, enquanto no ano anterior o mês mais complicado foi Abril, com 1.048 hectares queimados.
Este mês de Maio, relativamente chuvoso, para o qual ainda não temos os valores finais em termos de precipitação, poderá ter dado um contributo relevante no combate aos fogos durante o Verão que se aproxima e para o qual se prevêm diversas vagas de calor.
Falta cruzar os dados meteorlógicos com o número de ocorrências e da área ardida para tirar algumas conclusões, mas torna-se evidente que a pluviosidade do mês de Maio aliada ao reforço do dispositivo correspondente ao início da "Fase Bravo" foram determinantes para a acalmia verificada relativamente ao mês anterior.
Mais importante do que publicar estatísticas, que podem servir para os mais diversos fins, é analisa-las objectivamente, tirando as devidas conclusões e antecipando acções que visem contrariar eventuais vulnerabilidades, algo que parece não suceder entre nós com a frequência necessária.
A previsão de vagas de calor, preocupante em termos de incêndios e de saúde pública, deve ser motivo de reflexão, de planeamento e de preparação, de modo a que, quando inevitavelmente se verificarem, existam planos e meios capazes de enfrentar um problema que, pela dificuldade em prever com precisão, tende a ser algo ignorado e encarado como um mero acidente de percurso.
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