O portátil designado por Magalhães, recentemente apresentado como resultado de um acordo que envolve o Governo português, a Intel e a JP Sá Couto é uma variante do Classmate, um modelo de baixo custo que rivaliza com o "One Laptop Per Children" (OLPC).
Ao contrário do OLPC, o Magalhães é muito mais convencional, optando por uma concepção clássica de baixo custo e alta resistência, que poderá ter uma utilização em tudo idêntica ao de modelos mais dispendiosos, mas que não possui um conjunto de características que tornam o seu rival único e um dos poucos computadores aptos para um conjunto de missões como a utilização em viaturas, onde a substituição de um disco rígido por memórias "flash" e a extrema resistência aos elementos apresenta inegáveis vantágens.
Se por um lado o Magalhães, mais convencional, apresenta óbvias vantagens a nível de compatibilidade, o OLPC, que poderá ter Linux ou Windows, surge como muito adequado a várias das soluções que propusemos, nomeadamente a nível de cartografia digital, de sistemas de comunicações ou de ponto de acesso instalado num veículo, razão pela qual, nestes casos, optariamos por este último, sem deixar de equacionar a possibilidade de recorrer ao modelo português com uma unidade de "flash" em substituição do disco.
Já nos interrogamos se haveria em Portugal lugar para o OLPC e agora, com o anúncio do Magalhães, parece que o modelo desenhado por Negroponte para facilitar o acesso às tecnologias da informação a países com carências económicas estará defenitivamente afastado do mercado português, dando lugar a um portátil que, para além da vantagem de ser produzido em território nacional, será um interessante ponto de partida para distintas evoluções.
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