Este é um dos maiores investimentos na defesa da floresta portuguesa e uma reestruturação essencial quando se verifica uma enorme disparidade de actuação a todos os níveis na área da prevenção, faltando, manifestamente, uma entidade que coordene o esforço realizado e evite que da falta de empenho de alguns resultem graves consequências para quem desenvolveu trabalhos de prevenção florestal.
O investimento na prevenção, mantendo o devido equilíbrio, tende a ser mais rentável, positivo e duradouro do que o mesmo montante atribuido a meios de combate, correspondendo a um efectivo melhoramento da sustentabilidade regional e das condições de económicas das populações e a uma opção no sentido da sua fixação nos seus locais de origem.
Espera-se que o Governo desdobre de forma equilibrada as verbas anunciadas para o biénio pelos anos de 2009 e 2010, de forma a que as mesmas não estejam concentradas no termo deste período, limitando e adiando assim a necessária requalificação da floresta e a sua potenciação como motor económico de algumas das regiões mais desfavorecidas do País, as quais são extremamente vulneráveis nesta época de crise financeira.
Ainda existe uma enorme riqueza florestal a explorar, que se pode constituir como factor essencial não apenas a nível regional e local, mas também a nível nacional, tendo a mesma sido valorada pelo ministro da Agricultura como comparativamente superior a uma Autoeuropa, o que, se elucida quando ao potencial existente, também não deixa de expor o quão criminoso é o abandono a que tem sido votada por sucessivos governos.
Este anúncio, sendo da uma importância estratégica excepcional, requer uma aplicação cuidadosa e um sistema de controle apurado, evitando desperdícios, incumprimentos e a perda de uma oportunidade que poderá não se vir a repetir.
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