Em cerca de um ano e meio, este foi o quarto acidente na linha do Tua, actualmente encerrada à circulação, dos quais resultaram um total de quatro vítimas mortais e 39 feridos ligeiros.
É igualmente grave o facto de um passageiro ter tido a necessidade de se deslocar a pé ao longo da via durante 17 minutos até ter rede de telemóvel para pedir socorro, dado que na zona a cobertura é escassa e o sistema de comunicações instalado na automotora ficou inoperacional no acidente.
O relatório final contém ainda um conjunto de recomendações no sentido de tornar a linha do Tua mais segura, mas estas incluem, uma repetição da implementação de um separador entre o maquinista e os passageiros, fácil de colocar, que foram efectuadas na sequência do acidente ocorrido em evereiro de 2007, do qual resultaram três mortos, e que nunca foram implementadas.
Efectivamente, dos sucessivos acidentes não resultaram as melhorias que se impunham, não se aprenderam lições e as entidades responsáveis, se assim as podemos classificar, repetem relatórios, pareceres, estudos e dão instruções que ninguém cumpre, como se existissem dois países diferentes, um real e outro de ficção, sem traços comuns ou algo que os una.
Esta é uma história de irresponsabilidade, de falta de respeito pelas vítimas, de abandono pelo Interior e da injustiça a que estão votados tantos habitantes e uma tão extensa parte do território nacional, que é quase arrepiante contar.
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