INEM deixa 400 chamadas por atender num só dia - 1ª parte

Elementos do INEM num centro de saúde

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) reconheceu que algumas centenas de chamadas telefónicas ficam diariamente por atender por parte do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa e Vale do Tejo.

Apesar de alguma divergência quanto aos números, na ordem dos trezentos e poucos para o INEM, num dia com um número de pedidos anormalmente elevado, e quatrocentos segundo a TVI, esta situação já levou a ministra da Saúde a solicitar informações, já que, independentemente do número exacto, o mesmo é extremamente elevado.

Da notícia também não constavam dados sobre outros dias, que permitissem extrapolar o número de chamadas não atendidas nem determinar qual o ponto de ruptura, a partir da qual o número de pedidos não atendidos começa a aumentar exponencialmente, mas esta será, obviamente, uma situação que poderá acontecer com alguma frequência.

Segundo o INEM, o problema não residirá no novo sistema informático mas no número de operadores, cujo efectivo está a ser aumentado com dez novos elementos, dos quais oito ainda se encontram em formação, tendo sido aberto um concurso para outros vinte, que deverão entrar ao serviço perto do fim do ano, após quatro semanas de aprendizagem.

A situação tornou-se mais evidente dado que o actual sistema informático regista as chamadas e contabiliza as que se perdem, algo que não acontecia anteriormente, pelo que não há possibilidade de uma comparação baseada em dados concretos.