O socorro do INEM numa zona remota
No entanto, desta situação que o próprio INEM reconhece como inaceitável terão resultado consequências graves, incluindo a morte de um homem que faleceu no hospital, em consequência de um ferimento com arma branca, após meia hora de espera por um meio de socorro, razão pela qual se torna imperativo reequacionar os meios e a organização do CODU.
O CODU é o ponto nevrálgico de toda a operação de socorro a doentes, atendendo chamadas, fazendo triagem, activando meios, coordenando recursos, passando informações, pelo que uma falha desta estrutura compromete a acção de todos os meios envolvidos no socorro de doentes urgentes, privando-os de um conjunto de informações essenciais ao desempenho das suas missões.
A notícia da TVI é preocupante, obriga a refletir e a tomar medidas, mas os dados nela incluido serão demasiado escassos para equacionar soluções, dado ser impossível fazer extrapolações com base num único dia, pelo que a investigação jornalística devia ter ido mais longe e, se possível, obter os dados em termos de chamadas recebidas, perdidas e tempo de activação de meios de modo a que a própria opinião pública pudesse escrutinar a actuação do CODU.
Seja como for, independentemente das conclusões a que se possa chegar analisando um período de actividade mais extenso, existe uma obrigação de prestar o socorro em tempo útil, condição essencial para a segurança das populações e para a confiança destas nas instituições, pelo que o reforço de meios é absolutamente essencial, independentemente da optimização e da racionalização daqueles que existem actualmente.
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