Uma das automotoras da linha do Tua
Lembramos que, para além de alguns investimentos, que efectivamente não abrangem uma consolidação efectiva da via, foi implementado um sistema de retransmissão, destinado a facilitar as acções de socorro, as quais se deparam com dificuldades adicionais numa zona em que os telemóveis nem sempre têm acesso à rede.
Deve-se, também, analisar se o sistema de monitorização existente corresponde às necessidades, sabendo-se que os acidentes recentes têm resultado de situações diversas, mas que têm como traço comum a imprevisibilidade e o imediatismo, ocorrendo na altura da passagem do comboío, pelo que dificilmente um sistema de alarme será eficaz.
Dado que a consolidação de toda a extensão de uma linha que atravessa uma zona montanhosa e sobranceira a um rio e a sua protecção contra desprendimentos de pedras ou aluimentos de terra é extremamente dispendiosa e dificilmente será economicamente viável, a única solução realmente segura, a reabertura à circulação parece algo improvável, condenando assim o Metro de Mirandela a fechar.
Espera-se que o relatório defenitivo, da responsabilidade da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, esclareça as circunstâncias e as causas que provocaram mais um acidente mortal na linha do Tua e possa apontar soluções que garantam a necessária segurança, sem o que este troço ferroviário de inegável interesse turístico poderá ser encerrado.
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