Uma pistola de plástico: brinquedo ou réplica
Quando se fala em "arma de plástico", tanto podemos estar a falar de um "brinquedo", como de uma "réplica", cuja posse e utilização está devidamente contemplada na fundamentalista Lei das Armas recentemente aprovada e que merece as maiores críticas dadas as implicações que tais alterações acarretam.
A arma empunhada pelo aluno, que aparenta reproduzir uma arma real e com ela pode ser confundida por quem não seja um especialista, enquadra-se, muito provavelmente, na categoria das "réplicas" e, como tal, estamos perante um crime tipificado na legislação previamente mencionada e que, em muitos casos, implica o cumprimento de uma pena desajustada ao acto e, possivelmente, a uma medida de coação de prisão preventiva.
Brinquedo, réplica e uma Glock real (foto BBC)
Dado que o caso é hoje público, seria expectável que o Ministério Público (MP) autonomamente ou a pedido do Ministério da Educação ou da direcção da escola em causa, avançasse para um inquérito de modo a apurar as circunstâncias exactas desta ocorrência e a responsabilidade e culpabilidade dos vários envolvidos, que passam pelos alunos e terminam em quem pretendeu abafar uma situação que, face à legislação actual, é grave.
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