domingo, janeiro 18, 2009

Custo dos meios aéreos aumentaram mais 50% em 2008 - 2ª parte


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Um Kamov Ka-32 ao serviço da ANPC em voo

Serão precisamente este conjunto de entidades que, entre todas, deverão suportar os custos da EMA, incluindo combustível, manutenção, treinos, exercícios, vencimentos do pessoal e todas as restante despesas resultantes da actividade operacional, resultando num valor por hora tanto mais elevado quanto a actividade é menor, pelo que ao realizar um número de horas de voo inferior ao previsto, cada uma individualmente sobe imediatamente de valor.

Aliás, sem esclarecimentos das várias entidades que contrataram os serviços da EMA quanto aos pagamentos e número de horas de voo por modelo de aeronave efectuadas, apenas se pode apontar no sentido de que os números serão de tal forma embaraçosos que ninguém pretende torná-los públicos o que, num país democrático, onde os cidadãos têm direito à informação quando esta não verse questões operacionais concretas, é de lamentar em absoluto.

Resta o argumento que defende a existência de meios aéreos no Estado como garante da manutenção de capacidade operacional polivalente ao longo de todo o ano, o qual, merecendo toda a concordância, não exime de responsabilidade quem optou pelo modelo escolhido e que, numa análise imediata, apontava para resultados de exploração e consequências financeiras para a própria EMA e para quem a ela tivesse que recorrer, que seriam desastrosos.

O modelo escolhido não tem a ver com questões operacionais, mas tão somente com a ocultação de um aumento de despesas públicas que, sendo justificável em prol do objectivo, parece difícil de explicar ao eleitorado, com as consequências que tal pode ter em termos da confrontação política num País onde o essencial e o acessório parecem confundir-se.

A segurança, seja em que vertente for, tem um custo e a sua ocultação corresponde a minimizar o esforço de todos quantos participam em missões de protecção e de socorro, bem como o peso que tem a nível do erário público e que deve ser conhecido e reconhecido por todos os contribuintes, pelo que recorrer a qualquer artifício contabilistico desrespeita a nação no seu todo.

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