Bombeiros australianos durante o combate aos fogos
Apesar de haver vagas de incêndios todos os anos, estes são os mais violentos que se registaram e já destruiram 750 habitações, podendo vir a superar, em termos de vítimas, as 75 pessoas que perderam a vida em 1983 no estado de Vitória e nas zonas do Sul da Austrália.
A combinação de ventos violentos e uma vaga de calor sem precedentes que teve início há quinze dias, com máximos a serem batidos no passado fim de semana, tem sido responsável pela maioria dos fogos, mas existem suspeitas de actividade criminosa, dado o elevado número de ocorrências e os locais onde têm início.
Apesar dos numerosos meios disponibilizados e das sucessivas evacuações de populações, quer o número de vítimas, quer a área ardida e a impressionante velocidade de propagação das chamas têm resultado numa situação de proporções inimagináveis, para a qual é difícil encontrar uma explicação, mas que será necessário, a seu devido tempo, analizar à luz das alterações climáticas e do aumento de temperaturas que se têm vindo sentir.
Relativamente a anos anteriores, apenas as alterações climáticas, com algumas temperaturas máximas registadas a serem batidas este anos, parecem fazer a diferença, mas anos sucessivos de calor, a diminuição da humidade e os ventos fortes, que são tanto causa como efeito dos enormes fogos, podem dar, neste momento, algumas pistas para uma situação que, numa escala diferente, o nosso País já conhece.
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