segunda-feira, abril 13, 2009

Autarquias podem não ter verbas para aderir ao SIRESP - 2ª parte


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Um sistema de vigilância num estádio

Obviamente que sem a adesão das autarquias o SIRESP perde grande parte da sua razão de existir, deixando de servir como base de comunicações de emergência a nível nacional e podendo, no limite, ser mais um problema do que uma solução, comprometendo todo o sistema e pondo em risco as populações.

Também é de recordar que, por razões de segurança da rede, o SIRESP é um sistema fechado e autónomo, destinado a suportar fluxos de dados mesmo em situações críticas, mas que não tem "interfaces" com os sistemas agora em uso, pelo que a não adesão implica a impossibilidade de acesso a todo um conjunto de informações críticas, dado que os acessos actuais deixam de funcionar com a nova rede.

Assim, e porque uma rede só é rentabilizada na medida em que existe informação relevante a circular e essa é, em grande percentagem, introduzida localmente, é da adesão das autarquias através dos serviços locais de protecção civil e bombeiros municipais que depende o sucesso do SIRESP e a justificação de um investimento que o Estado pretende amortizar através das autarquias.

Usando o exemplo de Lisboa, que irá ter 350 equipamentos de acesso, o valor mensal será de 21.000 euros mensais, correspondendo a 252.000 euros anuais, o que significa que cada terminal custa 60 euros mensais ou 720 anuais, sendo que os primeiros três anos não serão pagos.

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