quinta-feira, maio 07, 2009

Incêndios, calor e desertificação - 2ª parte


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GIPS no combate a um incêndio florestal

Mesmo com o reforço do número de equipas de sapadores florestais, que ainda se encontra muito longe das 500 previstas pelo Governo para 2012, o número de efectivos disponíveis fora da época tradicional de férias, quando existe maior número de voluntários disponíveis, continua a ser insuficiente, sobretudo nas zonas mais desertificadas do Interior.

Factor fundamental tem sido o falhanço de sucessivas políticas que não conseguiram nem atrair novos residentes para áreas mais despovoadas, nem sequer fixar os que daí são originários, acabando por se assistir a um crescente abandono da actividade agrícola tradicional e, com ela, de uma tradição de solidariedade e de voluntariado.

O encerramento de serviços médicos e de tribunais, para apenas citar duas situações críticas, enviam uma mensagem que nenhum discurso ou mesmo subsídios, por vezes vultuosos, conseguem contrariar, prevalecendo a ideia de que o poder político votou o Interior ao abandono.

A óbvia consequência, para além da insustentabilidade de extensas áreas do território, é a degradação a nível ambiental, o desaparecimento de espécies auctótones e a falta de ordenamento resultante do abandono das terras, resultando numa extrema vulnerabilidade face aos incêndios.

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