segunda-feira, maio 04, 2009

Quinto militar da GNR a suicidar-se este ano


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Militares numa povoação do Interior

O militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) a suicidar-se por enforcamento anteontem foi o quinto caso desde o início do ano a ocorrer nesta força, facto que é obviamente indiciador de que algo tem que mudar, sob pena de esta tragédia humana continuar e mesmo agravar-se.

Este cabo de 48 anos, ao serviço da GNR há 25 prestava actualmente serviço no posto de Sabóia, concelho de Odemira, era casado e deixa uma filha orfã, sendo ainda desconhecidas as razões que o levaram a optar pelo suicídio.

O número de suicídios na GNR é alarmante e a resposta da instituição, através de um sistema de apoio, é manifestamente insuficiente, dado que não é possível corrigir erros estruturais, a nível organizacional e funcional, com todas as implicações que tal tem a nível dos seus profissionais, com medidas pontuais que apenas podem adiar o inevitável.

A actual postura de mero controle de danos, reactiva e sem atacar os problemas de raiz, vai, inevitavelmente, prolongar a actual situação, com o previsível aumento
do número de vítimas e aumentando uma crise interna que há muito devia ter sido objecto de uma posição por parte do poder político.

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