sábado, junho 20, 2009

Desertificação ameaça um terço da Terra e quase metade de Portugal - 3ª parte


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Um deserto do Norte de África

Mesmo em termos da problemática dos incêndios florestais a desertificação revela-se de uma importância crucial, não apenas pelas alterações climáticas e ambientais subjacentes, mas também devido à deslocação das populações, ao abandono de uma actividade agrária e florestal economicamente insustantáveis e ao esgotamento das reservas de água.

Obviamente, da desertificação resulta uma diminuição da área verde, sendo inevitável que nestas áreas se evolua para a quase completa ausência de fogos, algo que para alguns será usado para compor as estatísticas, mas que resulta de uma evolução no pior sentido e terá consequências da maior gravidade no equilíbrio da estrutura do território nacional, o qual, em termos práticos, sofrerá uma substancial redução.

Tipicamente, do fluxo de populações, e queremos salientar que o avanço das zonas desertificadas ou fortemente afectadas pelo Alentejo se vai aproximar de importantes centros urbanos, criando um situação de pressão em torno da Capital, resultam tensões sociais graves, como complemento da perda de empregos, de habitações e de todo um conjunto de infraestruturas da maior importância e que reduzem em muito a capacidade de resposta de muitos serviços.

Infelizmente, enquanto a postura adequada seria a de, sem cair em excessivos alarmismos, manter a máxima prudência e modo a enfrentar a pior situação possível, oficialmente mininiza-se o problema, reduzindo-o a um misto de fatalidade e depossibilidade remota, com muito poucas medidas concretas a serem desenvolvidas e outras, mais numerosas, a apontarem no sentido contrário ao desejado.

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