Os dados apresentados pela Autoridade Florestal Nacional (ANF), revelam que arderam mais de 58.000 hectares desde o início de 2009, o que corresponde a perto de cinco vezes mais do que a área área ardida no mesmo período no ano passado.
Enquanto o ano passado arderam 12.447 hectares, um número anormal e excepcionalmente baixo que não deve ser usado como comparação, os dados da ANF para o mesmo período que vai de 1 de Janeiro a 15 de Setembro contabilizam em 2009 um total de 58.612 hectares queimados, composto sobretudo por zonas de mato.
Também o número de ocorrências aumentou, com 18.998 este ano contra as 13.832 de 2008, verificando-se que, em média, os incêndios ocorridos em 2009 são de muito maiores proporções, sendo este um dado a ter em conta quando se analizar a evolução dos dados.
Apesar de continuarem longe do objectivo de manter a área ardida abaixo dos 100.000 hectares, é perfeitamente possível que se cheguem aos 70.000, número que deve ser comparado com o esforço de reflorestação realizado de modo a ser possível aferir qual o saldo final e a direcção que se segue.
A gravidade dos números, para além dos efeitos conhecidos em termos de prejuizos humanos, materiais, ambientais ou outros, deve sempre ser equacionada perante os diversos efeitos colaterais, que incluem desde o ordenamento do território à sustentabilidade, passando pela vertente social, mas também de acordo com o balanço que resulta da contínua diminuição de área florestal e do impacto que tal tem para as gerações futuras.
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