quarta-feira, setembro 23, 2009

A uma semana das eleições - 2ª parte


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Uma urna de voto

Enquanto se planeia um novo aeroporto, alegando que o actual está a atingir o limite, opta-se por investir numa estrutura ferroviária que irá competir com a aviação comercial, mas ao mesmo tempo constroem-se novas estradas, ao mesmo tempo em que se pretende reduzir o tráfego viário em prol dos combóios.

Poucos efectuam as contas que permitam apurar se o investimento numa forma de transporte irá reduzir substancialmente outra, tratando todas de forma independente e como se o fluxo de utentes aumentasse em todas, indepentendemente da competição entre elas.

No entanto, mais grave, é o fim a que estas novas infraestruturas de destinam e que, na verdade, permanece por revelar, continuando a ser impossível determinar quais os sectores de actividade, excluindo o dos transportes, irão efectivamente beneficiar destes investimentos, como se da existência de um novo recurso surgisse automaticamente um conjunto de estruturas que dele tirem o devido partido, rentabilizando-o.

Nenhuma força política foi capaz de apresentar algo mais do que planos sectoriais, com fraca ou nenhuma ligação entre ambos, como se estes não interagissem e não se interligassem, ignorando as consequências que uma alteração sectorial tem no todo nacional.

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