Mas também no combate aos fogos, a diminuição dos caudais terá um impacto grave, não apenas devido à falta de água, mas sobretudo pelo crescente abandono da actividade agrícola, do envelhecimento e diminuição das populações e da consequentente redução dos efectivos locais devido a crescentes dificuldades de recrutamento.
A crescente falta de água, com estudos a apontar para uma desertificação do território nacional a partir do Sul, que afectará numa primeira fase o interior alentejano e algarvio, mas que se irá expandindo para Norte, tem implicações que é imperativo antecipar e que as barragens e albufeiras existentes não podem compensar, dada a dependência de caudais provenientes de Espanha.
Uma política realista tem que prever a possibilidade de, em caso de uma diminuição séria dos caudais dos rios transfronteiriços e tendo em conta a possibilidade de transvazes, surgirem situações de ruptura, as quais podem implicar a ruptura dos acordos existentes e a alteração dos recursos orográficos nacionais e do próprio ordenamento do território.
Uma estratégia de antecipação, baseada em estudos com rigor técnico e científico, e opções de longo prazo, é cada vez mais urgente, e devia merecer prioridade sobre outros investimento cuja utilidade num País desertificado e com um ordenamento completamente diferente são de utilidade mais do que duvidosa, podendo mesmo revelar-se contraproducentes.
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1 comentário:
em http://tramagal.blogspot.com temos publicado informação, nomeadamente imagens sobre a crise hídrica que afecta o Tejo, muito evidente nas imagens que o rio nos proporciona no troço em que atravessa o concelho de Abrantes, coincidente com o primeiro sistema urbano servido pelo Tejo em território nacional.
A partira de Vila Nova da Barquinha o ProTejo está também a fazer um trabalho interessante na defesa do rio.
Cumprimentos
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