O aumento do tempo de transporte, para além de requerer mais meios, nem sempre disponíveis, de resultar num maior desconforto de quem precisa de se deslocar com periodicidade, podendo mesmo implicar um desgaste físico e psicológico inaceitáveis para quem já se encontra fragilizado, em pouco contribui para a celeridade do processo de cura e recuperação dos pacientes.
Falta ainda equacionar todas as situações nas quais, devido a questões meteorológicas e vias de acesso bloqueadas, o próprio transporte ou evacuação se torna impossível, seja por via terrestre, seja por meios aéreos, do que resulta um quase completo abandono das populações residentes em locais sem serviços de atendimento adequados.
Um reflexo inevitável é, naturalmente, o abandono de extensas zonas do Interior por quem se sente inseguro e tem possibilidade de recomeçar a vida noutro local, correspondendo aos habitantes mais jovens e aqueles que ainda podem ter uma influência decisiva no desenvolvimento e sustentabilidade do local onde nasceram.
Com uma cada vez maior pressão em termos de tempo, do que resulta uma condução a maior velocidade, é expectável um aumento do número de acidentes, algo que, nos anos mais recentes, após as grandes vagas de incêndios, tem sido a principal causa de morte entre os bombeiros portugueses.
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