segunda-feira, novembro 16, 2009

Suicídio - algumas considerações - 1ª parte


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Uma paisagem no Alentejo

O tema do suicídio tem sido abordado, numa perspectiva factual, pouco mais que descritiva, em diversos textos que publicamos, tendo, no máximo, apontado algumas das ligações a situações concretas, bem como algumas medidas no sentido de detectar sinais de alerta, mas nunca nos debruçamos numa vertente mais subjectiva.

Não é hábito abordar em abstracto questões que resultam de uma opção individual, nem sobre estas emitiremos qualquer juizo valorativo, tal como os que apontam esta opção como sendo uma cobardia por parte de quem perdeu a coragem para lutar, nem a dos que elogiam a coragem de quem tem a coragem para decidir sobre o próprio destino.

Mais do que julgar, importa reflectir um pouco sobre um tema que temos abordado repetidamente, nomeadamente quando elementos das forças de segurança optam por pôr termo à vida por razões que, normalmente, não se prendem com a inevitabilidade de uma doença terminal.

As causas, obviamente, podem ser múltiplas, pelo que será de nos concentrarmos sobretudo nas consequências, das quais a mais insidiosa é acreditar cada vez mais profundamente na incapacidade de inverter um evolução ou quebrar um ciclo que se eterniza enquanto corrói toda a resitência anímica.

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