A falta de uma perspectiva de mudança tende, naturalmente a estar presente, mas esta desesperança, algo que pode ser sobretudo racional, não será o mesmo que desespero, cuja componente emocional tende a sobrepor-se a qualquer análise mais objectiva.
Tendencialmente, aponta-se para esta última vertente, a nível emocional, como a causa primária que leva ao suicídio, subvalorizando o número de situações em que o comportamento surge como racional, meditado e que resulta num acto realizado com eficiência e sem aviso prévio, pelo que a sua dissuação normalmente não é possível.
Entre estes últimos encontram-se os que derivam de problemas de saúde, normalmente ligados a doenças incuráveis ou degenerativas, as quais quase podem ser enquadradas de forma diferente, à parte do conceito que se tende a associar ao suicídio.
No entanto, existe uma vertente diferente, que tem um componente mais pragmática ligada sobretudo a uma sensação de utilidade, ou de falta dela, como compensação do que pode ser interpretado como um encargo ou peso para a família ou para a sociedade.
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