O problema da segurança, que afecta sobretudo as camadas mais frágeis das populações, como os mais jovens e os mais idosos, tem implicações sobretudo a nível da prestação de cuidados de saúde e no socorro, mas a vertente policial e a demora nos acessos não pode de forma alguma ser ignorada.
Também o próprio custo de inúmeras pequenas deslocações, cujo valor dificilmente ocorre a quem habita numa cidade, tem um peso substancial, bastando lembrar que para adquirir bens aos preços que são praticados numa grande superfície, teremos que adicionar um substancial referente aos combustíveis gastos, assumindo que as vias estão transitáveis e a deslocação é possível.
Poderiamos dar muitos outros exemplos que demonstram as implicações resultantes da opção por grandes obras no Litoral em detrimento de outras mais pequenas no Interior, onde os habitantes pagam os mesmos impostos, mas cujo acesso a bens e serviços proporcionados pelo Estado se revela francamente mais difícil.
Não há fundos de estabilidade que compensem a falta de solidariedade resultante de uma política de investimentos que aposta essencialmente na faixa Litoral ou que, como dizia recentemente um ministro, com alguma infelicidade, na nossa opinião, visam transformar a costa portuguesa na praia de Madrid.
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