Esta possibilidade de confrontos aumenta perante o exemplo que vem do Norte de África, onde o descontentamento já levou à queda de diversos regimes, formalmente menos democráticos do que aquele que vigora entre nós, sendo de contrapor que as exigências de alguém habituado a viver em democracia serão mais altas do que as que nunca tiveram essa possibilidade.
No entanto, algumas manifestações já anunciadas, promovidas fora do espectro partidário, fomentadas através das redes sociais por promotores eles próprios atingidos directamente pela crise que atravessamos, e portanto fora do sistema político e do controle e limitações que este impõe, deve fazer reflectir e antecipar os cenários possíveis.
Se nesta conjuntura surgir a necessidade de apoio por parte do Fundo Europeu de Estabilização, que imporá novas medidas restritivas e afectará seriamente a independência e o orgulho nacional, com a perspectiva de uma séria crise política, ou a execução orçamental não corresponder ao previsto, dificilmente se continuará num clima que, sendo cada vez mais tenso, tem sido pacífico.
A eventualidade de uma crise séria, com instabilidade social, depende muito mais de factores que cada vez são menos controlados internamente, e que, confluindo no tempo, podem resultar em algo parecido com o que sucedeu no Egipto, resultando na alteração do rumo político e mesmo da actual classe dirigente.
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