O combate ao défice, que surge como valor absoluto, é, na verdade, instrumental, permitindo ganhar algum tempo, caso os recursos sobrantes sejam devidamente utilizados, mas sem constituir uma solução em sí, nem poder nunca assumir-se como um desígnio nacional.
Continuar a navegar à vista, reagindo ao momento, seguindo tendências e tentando copiar modelos externos, tão inadequados à nossa realidade, quanto ultrapassados e ineficazes no momento da respectiva aplicação, resulta num investimento inútil, equivalente a um desperdício e ao comprometimento dos escassos recursos existentes.
O que parece ser o presente, quando lá chegarmos, pertencerá ao passado, alcançado por outros que dele extrairam a devida rentabilidade, deixando o solo seco para quantos, pensando replicar o sucesso inicial, copiam o que já perdeu o valor reservado aos pioneiros.
Na verdade, sem um plano estratégico de desenvolvimento, todas estas medidas tendem a controlar alguns danos, enquanto provocam sucessivos efeitos colaterais, os quais, a médio ou longo prazo, podem ultrapassar os benefícios imediatos, comprometendo ainda mais o futuro do País.
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