Esta opção, que contraria os discursos onde se incentiva ao regresso ao Interior do País, e acaba por complementar uma série de decisões absurdas e comprometedoras da sustentabilidade de extensas áreas rurais e da própria solidariedade nacional, demonstra que a realidade nua e crua pouco tem a ver com o universo imaginário onde se move grande parte da classe política, manifestamente incapaz de traduzir por actos o que parece ser uma boa intenção.
Por outro lado, está-se a adiar o problema, dado que se continua a assumir que a segurança prestada pelas forças policiais é necessária durante todo o ano, enquanto o esforço maior da protecção civil é sazonal, pelo que o adiar da entrega de verbas parece surgir como uma solução temporária que pode, efectivamente, comprometer o esforço do combate aos fogos.
Também se desconhece se esta é uma transferência temporária de verbas alocadas, as quais serão repostas atempadamente, ou se é defenitiva, diminuindo ainda mais um orçamento já de sí reduzido e que vai dificultar a realização de operações de combate aos fogos, diminuindo a operacionalidade dos meios disponíveis, os quais podem, por razões orçamentais, não poder actuar.
Existe também a possibilidade de se verificar um atraso a nível do pagamento a efectuar aos elementos incluidos no dispositivo de combate aos fogos, algo que, infelizmente, apenas replica inúmeras situações nas quais o Estado não cumpre atempadamente os seus compromissos, tal como acontece com defensores oficiosos ou quem esteve presente nas mesas eleitorais, para mencionar apenas dois casos amplamente conhecidos.
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